NÃO SEI AMAR COMO AS PESSOAS ME AMAM


Sou poeta, sou criança:

Não sei amar como as pessoas me amam.
Decerto, enganam-me,
Com expressões de civilidade,
Estendendo a mão,
Ao invés, da frivolidade do sorriso,
Sem o abraço, que tanto necessito.

Não sei amar,
do jeito que me amam.
Parecem desprezar,
E a indiferença dói demais,
Desprezando a transparência,
A verdade que ousa ficar para trás.

O amor banhado de preconceito,
Este, eu não aceito.
Será que é querer demais?

Fico muda, fico pasma,
Pela dor que me cala,
Não sei amar assim.
Ou se ama inteiramente,
Ou despreza a mentira,
Ou não me olhe, enfim...?
Do que o amor fingido
E um amor traído,
De quem nem goste de mim.

Ás vezes, penso: é melhor sair de cena.
Por que, oh alma, é tão pequena?
Enfrentar o amor fingido?
É melhor o ódio declarado,
E não está ao meu lado,
Quando assim preciso.

Mentiras, não mais suporto,
Ainda que de "amigos",
No meu peito, são queridos,
Grata a Deus, pela experiência, e encontro,
Assim, marcado, coração ferido.

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