NO CAMINHO PEDREGOSO

No caminho pedregoso, ando,
Brilha minha face, pelo orvalho da dor,
Nenhuma mão enxuga meu pranto,
De pó, está minha alma, sem amor...

Se fraca sou, Deus é forte,
Presente, na minha provação.
Livra-me da pseudo morte,
Contigo, está minha direção.

Se alguém me ver, há um sorriso,
Uma tímida esperança, assim preciso,
No silêncio, que ousa em perpetuar,
Sem um ombro, sem um amigo,
Estou só, mas Deus pra me ajudar,
No silêncio, minha dor a falar...

Meu silêncio, Deus me escuta,
E enche-me com seu canto,
De joelhos, ponho-me a orar,
Da aparente intransponível luta,
Vem calar o meu pranto
Com o teu doce olhar...

Se no meu silêncio, a dor não cala,
Quem poderá me consolar?
Senhor, por mim, fala,
Pois não sei mais como orar,
O que tanto precisa minha alma,
Sim, seja Deus comigo, acalma,
O amor, ao invés, do chorar...

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