SILÊNCIO




Silêncio, como de uma sala de concerto
nada mais se ouviu
a não ser a batida de seu coração
o movimento vital dos pulmões.
No seu rosto,

fulgurava uma lágrima cristalina;
naquela cena alucinante sentia
os olhos ferventes de paixão.
Nenhum artista em sua perfeição
não poderia traduzir
nenhuma pintura, ou escultura
ou pretensa e laboriosa poesia.
Ela chorava de cândida emoção
o amor declarado
em sua última canção.

(Gedeane Costa)

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