Eis meu bem-amado mau
porque me deixa abatida
com cara de sofrida
ao toque do berimbau.
Eis meu bem-amado mau
que despedaça meu coração
pinta meu rosto de cal
ocultando minha solidão.
Se espero você,
a minha dor já tão nua
ao entardecer...
me desprezo a toa
e a culpa sendo minha
a veste desabotoa
minha tristeza
é toda sua...
Eis meu bem malvado
e nem assim notei...
só quando cheguei ao inferno
foi aí que eu me acordei.
Nada meu
nem bem
nem amado...
anoiteceu...
solidão doeu.
Antes só, do que mal acompanhado...
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